Arthur da Silva Bernardes

Conheça um pouco da história do viçosense que se tornou Presidente da República.

Nascido em Viçosa, em oito de agosto de 1875, Arthur da Silva Bernardes tinha de seus pais – Antônio da Silva Bernardes e Maria Aniceta Ribeiro do Vale Bernardes – apoio suficiente para lhe garantir uma sólida educação. Depois de ter conhecido a severa disciplina do Caraça e estudado em Ouro Preto, formou-se no curso de Bacharelado em Direito pela Faculdade de São Paulo, no ano de 1900.

Casou-se com Clélia Vaz de Mello em 15 de julho de 1903. Através do casamento, tornou-se herdeiro político do sogro, Carlos Vaz de Mello, várias vezes deputado-geral do Império e principal chefe político de Viçosa. Com um impulso político do sogro, tornou-se vereador e Presidente da Câmara viçosense, rapidamente ultrapassando o nível municipal e se elegendo Presidente de Minas.

Durante sua trajetória inicial, Arthur Bernardes exerceu diversas atividades, dentre elas:

  • Contador
  • Revisor de jornal
  • Estafeta
  • Professor de latim e português
  • Advogado
  • Diretor de jornal
  • Presidente da Câmara de Viçosa – 1906
  • Deputado Federal – 1909
  • Secretário de Finanças no governo de Delfim Moreira – 1914 a 1918
  • Presidente do Estado de Minas Gerais – 1922
  • Presidente da República – 1922-1926
  • Senador da República – 1927

Bernardes venceu as eleições presidenciais de 1 de março de 1922, obtendo 466.877 votos contra 317.714 votos dados a Nilo Peçanha, em uma eleição que dividiu o país: Rio Grande do Sul, Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro apoiaram Nilo Peçanha, enquanto os demais estados deram apoio à candidatura de Bernardes.

Artur Bernardes foi o pioneiro da siderurgia em Minas Gerais e sempre se bateu pela ideologia nacionalista e de defesa dos recursos naturais do Brasil. Em 1926, fundou a Escola Superior de Agricultura e Veterinária, que viria depois a se tornar a Universidade Federal de Viçosa.

Em setembro de 1926, promoveu a única reforma da Constituição de 1891, que alterava principalmente as condições para se estabelecer o estado de sítio no Brasil. Após deixar o governo foi eleito senador em 1929, mandato que exerceu até 1930.

Participou da Revolução de 1930, que desalojou o Partido Republicano Paulista do governo federal. Foi um Revolucionário constitucionalista de 1932. Fracassado este movimento, exilou-se em Portugal. De volta ao Brasil, em 1934, foi eleito deputado federal para o mandato 1935-1939. Em 1937, porém, perdeu o mandato, devido ao golpe do Estado Novo.

Com o restabelecimento da democracia em 1945, ingressou na UDN, elegendo-se deputado federal constituinte em 1945. Criou e dirigiu a seguir o Partido Republicano. Eleito suplente de deputado federal em 1950, exerceu o mandato, em virtude de convocação, sendo eleito para um novo mandato em 1954. Bernardes defendeu, após 1945, o Petróleo e a Siderurgia nacionais. Ocupou o cargo de deputado federal até a sua morte, em 1955. Foi sepultado no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro.

Fontes:
https://www.mg.gov.br/governador/arthur-da-silva-bernardes
http://www.personagens.ufv.br/?area=arthurBernardes
http://www.arquivonacional.gov.br/br/

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